terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cônsul Venezuela

Ao ouvir um diplomata falar, não espere nada além de patriotismo. Até aí, tudo bem. Afinal é importante vestir a “camisa do time”. Mas ouvir que o Brasi, e outros países capitalistas, possui liberdade de expressão excessiva é um sinal amarelo. Como assim, cara pálida? Acredito que o sr. Edgar Gonzalez, cônsul da Venezuela, desconhece nossa Constituição Federal.
O inciso IX, do art. 5º o texto é claro: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.” O texto constitucional repele a censura prévia. Porém, a liberdade de imprensa não é absoluta. Pode haver responsabilização do autor e/ou responsável pelas notícias injuriosas, difamantes, mentirosas, se causou danos materiais ou morais.
É muito louvável a defesa, com propriedade, que o sr. Edgar faz do presidente de seu país. Falou da trajetória da Venezuela e, hoje, diante da crise mundial dos países capitalistas, sente-se orgulhoso pela soberania e dignidade da Venezuela com um Socialismo do século XXI.
Capitalismo é algo abominado pelo cônsul e, como ele é o representante do seu país, acredita-se que esta é a voz do povo. Que, por sinal, vai muito bem, obrigado. O analfabetismo está quase erradicado, criou-se aldeias universitárias, as favelas possuem atendimento de enfermeiros, há investimento na formação de médicos, o seguro social avança e os indicadores econômicos mostram uma boa reserva que está sendo revertida para o povo.
Sr. Edgar Gonzalez não perdeu a oportunidade de, no final de suas colocações, plantar a sementinha de que o Brasil se daria muito bem neste modelo de Socialismo do século XXI. Temos água, biodiversidade rica, alimento e energia com reserva para mais de 30 anos. Que maravilha! Diante de tanta coisa boa deu até para sonhar em aceitar seu convite para ver, de perto, a maravilha que a Venezuela está se tornando.

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