terça-feira, 21 de outubro de 2008

Crise mundial


Conversando com um grande amigo esta semana, dr. Carlos Augusto Huszar, nefrologista, psicanalista membro do núcleo de psicossomática do HC e atuante na Escola de Psicanálise Lacaniana, ele me comentou algo que tem sido motivo de estudos junto aos colegas. Trata-se do processo de mundança da sociedade mundial.
Primeiramente, ele acredita que o capitalismo, esse que Marx se referiu, está com os dias contados. A globalização provou que este "ser" (capitalismo) não pode se auto-gerir. Os governos tomarão as rédeas. O Brasil está numa posição um pouco mais confortável por ter o controle do fluxo do capital há alguns anos.
É fato que as pessoas dos países capitalistas têm sido influenciadas pelo estímulo ao consumo desenfreado, nisso a mídia teve papel fundamental; a subjetividade humana tem sido cada vez menos trabalhada. Aquela sociedade patriarcal que tivemos no Brasil, e em vários outros países durante séculos, caiu por terra. Hoje, as mulheres têm papel importantíssimo, principalmente, nas grandes cidades.
Como ele mesmo diz, o ser humano está diferente. Vemos, hoje, pessoas psicóticas, desenfreadas, sem identidade e vazias, consumistas ao extremo.
A crise do mundo atual não tem hora pra acabar e um bom começo é trabalhar o que há de humano em nós, nossa história, nossa cultura e, por que não, um resgate do que grandes gênios da filosofia e arte nos deixaram.
Divido com vocês essa foto que fiz há 2 semanas. Reparem o que está escrito na camiseta: fé e honra. É a subjetividade sendo trabalhada.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Angústia


A angústia é sempre um sinal de que algo não vai bem, que, de alguma forma, se está traindo ao desejo. Quando este sentimento aparece é preciso, imediatamente, elaborar a causa dessa angústia. Isso com muita coragem. Entrar em si, mergulhar e encarar de frente isso que parece um fantasma. Caso contrário, ficará atormentado.
Elaborei claramente que um ser humano que não admite subjetividade me assusta como um fantasma. Daqueles que rondam e que podem te assombrar com o desejo desenfreado de te transformar em objeto.
Veja que, subjetivo é tudo relativo a sujeito; existente no sujeito; passado exclusivamente no espírito de uma pessoa; aquilo que é sentido por experiência íntima.
O ser humano que entende que somos “pensantes” e que nossos pensamentos nos fazem ser quem somos, reconhece a possibilidade de posicionar-se diante de situações.
Não se deixar ser objeto do outro.
Ser sujeito.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cônsul Venezuela

Ao ouvir um diplomata falar, não espere nada além de patriotismo. Até aí, tudo bem. Afinal é importante vestir a “camisa do time”. Mas ouvir que o Brasi, e outros países capitalistas, possui liberdade de expressão excessiva é um sinal amarelo. Como assim, cara pálida? Acredito que o sr. Edgar Gonzalez, cônsul da Venezuela, desconhece nossa Constituição Federal.
O inciso IX, do art. 5º o texto é claro: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.” O texto constitucional repele a censura prévia. Porém, a liberdade de imprensa não é absoluta. Pode haver responsabilização do autor e/ou responsável pelas notícias injuriosas, difamantes, mentirosas, se causou danos materiais ou morais.
É muito louvável a defesa, com propriedade, que o sr. Edgar faz do presidente de seu país. Falou da trajetória da Venezuela e, hoje, diante da crise mundial dos países capitalistas, sente-se orgulhoso pela soberania e dignidade da Venezuela com um Socialismo do século XXI.
Capitalismo é algo abominado pelo cônsul e, como ele é o representante do seu país, acredita-se que esta é a voz do povo. Que, por sinal, vai muito bem, obrigado. O analfabetismo está quase erradicado, criou-se aldeias universitárias, as favelas possuem atendimento de enfermeiros, há investimento na formação de médicos, o seguro social avança e os indicadores econômicos mostram uma boa reserva que está sendo revertida para o povo.
Sr. Edgar Gonzalez não perdeu a oportunidade de, no final de suas colocações, plantar a sementinha de que o Brasil se daria muito bem neste modelo de Socialismo do século XXI. Temos água, biodiversidade rica, alimento e energia com reserva para mais de 30 anos. Que maravilha! Diante de tanta coisa boa deu até para sonhar em aceitar seu convite para ver, de perto, a maravilha que a Venezuela está se tornando.